Durante uma caminhada pelas ruas do município de Marituba, a Prefeita Patrícia Alencar viveu uma situação inusitada: ao tentar cumprimentar um morador, teve sua mão rejeitada. O gesto, aparentemente simples, levanta uma importante reflexão sobre o papel do cidadão na política e a postura que devemos adotar diante de nossos representantes.

O comportamento do morador de Marituba, que recusou o cumprimento da prefeita, pode ser visto como um símbolo de uma postura cidadã consciente e crítica. Em uma sociedade onde o político é um servidor público, eleito para representar e trabalhar pelo bem da população, é essencial que os cidadãos mantenham uma postura de respeito próprio e não se coloquem em posição de submissão ou adulação.

Historicamente, a política brasileira tem sido marcada por uma cultura de personalismo e troca de favores, onde muitos cidadãos se sentem obrigados a adular políticos na esperança de obter benefícios individuais. Contudo, esta atitude perpetua um ciclo de dependência e corrupção que é prejudicial ao desenvolvimento de uma sociedade justa e igualitária.

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Durante uma caminhada pelas ruas do município de Marituba, a Prefeita Patrícia viveu uma situação inusitada: ao tentar cumprimentar um morador, teve sua mão rejeitada. pic.twitter.com/4NrKbXmivf

— Portal Parazão (@portalparazao) July 9, 2024

O gesto do morador de Marituba nos lembra que o verdadeiro lugar do político é como representante do povo, e não como figura a ser venerada. Se todos os cidadãos brasileiros adotassem uma postura similar, demandando respeito e resultados concretos de seus representantes, haveria uma transformação significativa na política nacional. A cobrança por transparência, eficiência e compromisso real com as necessidades da comunidade se tornaria a norma, e não a exceção.

Neste contexto, é importante que cada cidadão se dê o devido respeito e valor, lembrando sempre que os políticos estão em seus cargos para servir à população. A rejeição ao gesto da prefeita não deve ser vista como falta de educação, mas sim como um ato de resistência e afirmação de que a política deve ser feita com seriedade e responsabilidade.

Portanto, a atitude do morador de Marituba é um exemplo para todos nós. Que possamos refletir sobre nosso papel na política e adotar uma postura que valorize a verdadeira democracia, onde o poder emana do povo e é exercido em seu benefício. Afinal, quando os cidadãos compreendem seu valor e exigem seus direitos, a política se transforma em uma ferramenta poderosa para a construção de uma sociedade mais justa e próspera.

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O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), deputado Soldado Sampaio (Republicanos) aceitou na sessão desta terça-feira (2) um pedido de impeachment do governador Antonio Denarium (Progressistas), do qual já foi aliado.

Uma comissão especial deverá ser nomeada em 72 horas para dar início ao julgamento político do governador, divulgou a assembleia. Os trabalhos, entretanto, só devem começar em 6 de agosto, após a volta do recesso.

O pedido de impeachment havia sido apresentado em 19 de junho por Rusdon Leite (PV), Fábio Almeida (ex-filiado ao Psol) e Juraci Escurinho (PDT), todos candidatos derrotados por Denarium nas eleições de 2022.

O pedido aponta irregularidades na administração pública, desvios de recursos, nepotismo, uso de programas sociais para fins eleitorais e abuso de poder econômico. “Não há dúvida de que as acusações formuladas pelos denunciantes são gravíssimas”, escreveu Sampaio no parecer de admissibilidade. O documento foi lido nesta quarta-feira (3) durante sessão.

O governador terá direito a ampla defesa e contraditório no prazo de 10 sessões, segundo a assembleia.

As acusações são similares às que tramitaram na Justiça Eleitoral de Roraima, que já cassou o mandato de Denarium três vezes. Ele segue no cargo enquanto os recursos são analisados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em um dos processos, por exemplo, Denarium é acusado de ter turbinado programas de alimentos e habitação no ano em concorreu à reeleição, o que é vedado pela legislação eleitoral. O impeachment contra o governador em boa parte reproduz os acórdãos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) e traz também suspeitas sobre contratos de licitação, com links para reportagens sobre o assunto, entre outras acusações.

O governador sempre negou irregularidades. Em nota distribuída nesta quarta (3), o governo de Roraima disse que “lamenta a postura do presidente da Assembleia Legislativa, que tenta desconstruir a imagem de um governo que tornou Roraima um estado de destaque no cenário nacional, com vários indicadores positivos e nunca antes vistos”.

“É importante que o presidente da assembleia entenda que eleições se decidem nas urnas, de acordo com a vontade da população. E foi desta forma que ocorreu nas eleições de 2022, que deram ao grupo do governador a vitória com mais de 56,47% em primeiro turno de um governo do qual o próprio deputado fazia parte da base aliada e hoje, estranhamente, projeta-se como uma pessoa rancorosa e revanchista”, acrescenta o texto.

A nota encerra afirmando que “o governo do estado sempre estará alinhado com a harmonia entre os Poderes constituídos, desde que prevaleça o respeito pelo grande mandatário de um Estado, que é o povo”.

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